CDU vota contra Carta Educativa

«Insuficiência de respostas» <br>em Odivelas

Os eleitos da CDU na Câmara de Odivelas votaram contra a Carta Educativa do concelho. Em causa está o facto deste documento ter respostas «insuficientes» às perspectivas de crescimento da população.

Surgem cada vez mais elementos de ruptura

«A Carta Educativa deve ser um documento que garanta que as escolas construídas hoje não tenham só as preocupações do agora, mas perspectivem as necessidades futuras», alertaram, em declaração de voto, os vereadores Ilídio Ferreira, Maria da Luz Nogueira, Madalena Garcia e Rui Francisco.
Segundo denuncia o documento, o alargamento da escolaridade de seis para nove anos, acompanhado das medidas de implementação, não tiveram correspondência ao nível da rede escolar na concepção de tipologias integradoras de recursos, conteúdos e práticas dos sucessivos ciclos de ensino.
«O mundo em que vivemos caracteriza-se pela incerteza, onde as mudanças tecnológicas, económicas e sociais se fazem a um ritmo acelarado, e a curto prazo, surgem cada vez mais elementos de ruptura», afirmam os eleitos da CDU, sublinhando que um planeamento moderno, inspirado na prospectiva e na planificação estratégica, «terá de basear-se em ideias integradas e qualitativas da realidade e orientar-se para a construção de cenários futuros, possíveis e desejáveis, tendo em conta as tendências e parâmetros qualitativos».
Para a CDU, uma Carta Educativa tem ainda que ser um documento de exigência na resposta aos vários problemas que se colocam a nível da rede escolar, «que satisfaça plenamente as necessidades da população estudantil».
Neste ponto, os eleitos deram o exemplo da Freguesia de Odivelas onde a rede escolar é mais deficitária, mas, no entanto, continua-se a aprovar construção para atrair mais população. «Não entendemos que Odivelas, uma terra de oportunidades, seja, aquilo que alguém já chamou, “selva de cimento”, e constatamos que o PS, com o apoio do PSD, não a quer parar», lamentam os eleitos.
Os vereadores da CDU denunciaram ainda que os dados apresentados na Carta Educativa estão desactualizados. «Os indicadores de crescimento da população que aponta para cerca de 140 mil habitantes em 2011, estão já hoje ultrapassados uma vez que, de acordo com o INE, em Dezembro de 2004, residiam no concelho cerca de 144 mil», informaram, acrescentando que «a população cresce todos os dias e os equipamentos não têm acompanhado esse ritmo».



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